quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Qual era o problema dela?

Ninguém sabia dizer, ela vivia como uma pessoa normal e com milhões de diferenças. Era apenas mais uma pessoa no mundo, apenas mais um ser sem importância.
Como toda adolescente normal, ela ia a escola e tinha suas amigas. Mas ela não era uma adolescente qualquer, e seus problemas não eram qualquer problemas. Por fora, ela parecia perfeitamente bem, até sorria e fazia palhaçadas. Mas por dentro estava em pedaços. Havia um grande vazio em seu coração, era como um buraco infinito onde não tinha chão. Talvez fosse apenas depressão, mas o que faria uma pessoa continuar a viver?
Era assim que ela sentia, sem motivo para viver, apenas vivendo. Parecia que o tempo tinha parado, enquanto ele passava rápido, era sempre igual. Ela guardava toda a dor e a mágoa em seu coração, e não dividia com ninguém. Ninguém há entenderia, só ela, ela que sente. Para as pessoas é fácil falar, o dificil é viver. Realmente, é muito dificil viver e depois morremos, morrer deve ser bem mais fácil. Mas por que quando queremos morrer não morremos? E o odio de não ter a coragem de se matar. Ela era sózinha, sem quem confiar, vivia com a realidade e o sonho confundindo sua mente, até quando? Eu não sei.
Todos os amigos, e as pessoas em quem conversava, ninguém percebia nada de diferente nela. As vezes ela deixava se passar como um pessoa extremamente emotiva e depressiva, mas isso logo passava, para eles ela era de fases. Ela sabia disfarçar, camuflar, esquecer, tirar do foco seus problemas, temporariamente. Mas quando eles vinham, vinham armados para deixá-la no chão, ou no mar de suas lágrimas. Procurava forças, forças que tinham que vim dela para destruí-los, mas não conseguia. E por mais que ela se livrasse do problema, era impossivel esquecer tudo e ser uma pessoa normal.

Todo mundo tem problemas, é impossivel viver sorrindo o tempo todo. E os outros? não precisam saber de nada.

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